“Eu não preciso ler jornais. Mentir sozinho eu sou capaz” - Raul Seixas, em “Cowboy fora da Lei”
Antes, a imprensa relatava fatos para que o público desenvolvesse suas conclusões; hoje, a imprensa relata suas conclusões para que o público não se atine aos fatos.
Notícias se transformaram em vetores de narrativas, colocando a técnica jornalística a serviço de ideologias, seja de forma flagrante ou dissimulada. Da sintaxe à semântica, passando por toda sorte de falácias e técnicas estilísticas, o texto é concebido para distorcer a realidade e não mais para descrevê-la. Assim, a objetividade da reportagem se dilui na subjetividade do seu autor.
Embebida na cultura do politicamente correto, da relativização moral e do pós-modernismo, a imprensa contemporânea apresenta ao público (leitores, ouvintes, espectadores) um novo desafio: conceber sua própria verdade a partir de um conteúdo intencionalmente enviesado e carregado de militância política.
Devemos aprender a pesquisar e a separar fatos de narrativas, destacar as boas reflexões esparsas na imprensa e criticar as práticas mais correntes do mau jornalismo; estimulando nosso senso crítico.
É desejo natural de todo homem livre ser senhor das suas ideias.
FONTE: Coppolla