terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Morador de rua é aprovado em 1º lugar em concurso público


Um morador de rua decidiu estudar e foi aprovado em primeiro lugar em um concurso público. Foi debaixo de uma boa sombra, sentado na calçada ou em um banco de praça que o Valter fez dos livros a principal companhia. Baiano de Ilhéus, hoje com 42 anos, ele ainda guarda o conselho de uma antiga professora.
“A minha professora Gilnete, de Sociologia, quando eu estava terminando o ensino médio, ela disse que a gente sempre que tem que estar fazendo revisão, lendo alguma coisa, sempre exercitando para não ficar com a mente despreparada”, diz o morador de rua Valter Fonseca dos Santos.
 Valter vive nas ruas de Patos de Minas, interior de Minas Gerais, há mais de 15 anos. “Eu não queria ficar na rua igual aos outros”, diz.
Quando decidiu sair das ruas e atravessar os portões do Centro de Referência Especializado de Assistência Social, a vida do Valter começou a mudar. As funcionárias fizeram o currículo dele e encaminharam para várias empresas, mas, sem endereço fixo, ele não foi chamado. Veio então a notícia do concurso público e uma nova oportunidade. Mas para passar pela porta e receber orientação psicológica para preencher o gabarito e até ajuda nos estudos foi imposta uma condição: se dedicar aos estudos, e como consequência, passar em primeiro lugar.

“Claro que era uma brincadeira, né? Mas era para ver se ele tinha mais coragem, mais disposição para estudar. Porque o ambiente de estudo dele era a rua”, afirma Maria Augusta de Lacerda, diretora de proteção social do Creas.

Foram quatro horas de estudos por dia durante quatro meses. E ele conseguiu. Valter Fonseca dos Santos foi aprovado em primeiro lugar entre os 21 candidatos à vaga de coveiro.

A nomeação deve acontecer em janeiro do ano que vem. E o Valter vai receber salário de mais de R$ 800 além de outros benefícios, como vale alimentação e plano de saúde. Agora a expectativa é grande. “Vestir meu uniforme e começar a trabalhar, eu estou com um sorriso na orelha, pode acreditar”, relata Valter.
fonte: G1

domingo, 20 de dezembro de 2015

Três habilidades que todo empreendedor precisa ter


Enquanto conversava com uma recém-formada sobre oportunidades de negócios e planos para o futuro, o colunista da revista Inc. Ron Burley percebeu que, no discurso da garota, havia bastante entusiasmo – e muito medo também. Graduada em administração de empresas, ela começava naquele momento uma nova fase de sua vida, repleta de expectativas e apreensões.
“Ela estava certa ao sentir um pouco de medo”, diz Burley, em sua coluna no site da publicação.  Apenas o conhecimento acadêmico não é garantia de sucesso quando se começa um negócio. Para se sair bem como empresário, são necessárias outras habilidades, daquelas que não costumamos colocar no currículo. Usando sua experiência como advogado especializado em direito do consumidor e empreendedor em série, o colunista enumera três delas:
Perseverança
Quando se vê um futuro incerto à frente, é normal ter medo. Existem algumas pessoas, no entanto, que, quando se veem diante daquilo que é duvidoso, escolhem não fazer nada. “Elas sempre falam para os outros sobre seus grandes planos, mas não conseguem reunir forças o suficiente para tirá-los do papel e colocá-los em prática”, diz Burley.
Nos negócios, perseverança significa olhar sempre em frente, dando um passo de cada vez e enfrentando as dificuldades conforme elas aparecem. Para o colunista, muitas pessoas fracassam durante esse percurso porque desistem logo no primeiro obstáculo.  “Toda grande história de empreendedorismo conta com pelo menos um episódio em que a pessoa precisou ser perseverante para superar um desafio”, diz.
Dica: Todos os dias faça pelo menos uma coisa que te coloque mais perto do seu objetivo. Se conseguir cumprir isso, no final do ano, você terá dado quase 400 passos em direção ao seu destino.
Respeito
Existem muitas ideias de negócios que podem ser mudadas ou melhoradas. Mas isso não significa que todas sejam assim. “A roda já foi inventada e funciona muito bem exatamente do jeito que está”, diz Burley. Toda indústria, todo segmento tem uma história. Estude-a. Entenda e respeite o que foi feito antes da sua empresa. Só assim você será capaz de reconhecer novas oportunidades e as deficiências do setor. Além disso, poderá também evitar tomar decisões ou medidas que não deram certo no longo prazo.
Dica: Procure conversar com pessoas que trabalham há mais tempo no ramo em que você deseja atuar. Leve-os para tomar um café e anote tudo o que dizem. O objetivo aqui não é copiá-los, mas sim aprender com suas experiências, erros e sucessos.
Inovação
É claro que você precisa estar pronto quando uma oportunidade “bater na sua porta”. Mas, em tempos econômicos difíceis, você pode estar perdendo tempo esperando. Você devia estar fazendo. Crie a sua própria oportunidade, com um pouco de inovação pessoal.
Para  Burley, inovação é uma forma especializada da criatividade, em que se cria algo novo e, principalmente, útil. “Mandar um bolo de aniversário para o CEO da empresa com a qual você quer fechar negócio pode ser criativo, mas dificilmente será útil. Para ser produtivo e inovador nessa situação, você precisa pensar em uma ideia ou método que te dará todas as chances de alcançar seu objetivo”, diz o colunista.
Dica: Pergunte a você mesmo quais sãos as necessidades dessa pessoa e descubra como você pode solucioná-las de um jeito criativo e inovador.
Fonte: papo de empreendedor

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

7 dicas para passar uma imagem de sucesso

Não basta ser bem-sucedido; é preciso parecer. Kevin Daum,empreendedor, conferencista e escritor especializado em marketing, enumerou em sua coluna no site da revista Inc. sete conselhos para construir uma imagem de sucesso. “Algumas pessoas são naturalmente abençoadas com uma aura de sucesso, mas a maioria tem de construir a autoconfiança e burilar certos aspectos da própria imagem”, diz Daum.
E adverte: “Se você projetar uma imagem de perdedor, as pessoas vão tratar você como um perdedor logo de cara.” As sete dicas são:
1. Vista-se bem em qualquer ocasião. Não é preciso ser rico para isso, assegura Daum. O importante é prestar atenção aos detalhes e saber que tipo de visual é adequado a cada situação (terno e gravata ficam tão deslocados num churrasco quanto agasalho de ginástica ou chinelo num escritório de advocacia). Ponto importante: sempre se vista um tom acima do que é esperado. Se a regra é usar jeans e camisa polo, acrescente um blazer esportivo. Finalmente, dê atenção especial a sapatos, corte de cabelo e unhas, porque todo mundo observa essas coisas, mesmo que disfarçadamente. Toques de desleixo passam a impressão de que você não sabe cuidar de si mesmo.
2. Fale e escreva corretamente. Evite ser informal demais e tome sempre cuidado para não esquecer os plurais bem pronunciados. Cuidar da dicção, aliás, faz muita diferença. E melhore seu inglês. Daum lamenta dizer isso, mas avisa que muitos americanos pensam que quem fala inglês precário é pouco inteligente.
3. Domine a arte da conversa inteligente. Em resumo: pare de falar apenas de sua própria vida e das celebridades e comece a se inteirar do que está acontecendo no mundo. Estude sempre. Leia. Viaje. E saiba relacionar as coisas que você colhe nessas atividades. Mais importante: saiba calar-se e ouvir, senão não há conversa, mas monólogo.
4. Seja generoso. Qualquer doação desinteressada causa o maior impacto positivo. Não precisa ser algo material, mas atenção, energia, dedicação ou sabedoria. Até você mesmo vai passar a gostar mais de você.
5. Seja organizado. Segundo Daum, uma pessoa desorganizada irrita todo mundo em volta, mesmo que ela não ocupe uma posição de destaque. A desorganização passa a impressão de descontrole, descuido e desinteresse. Faz você atrasar respostas a e-mails e telefonemas e, pior, chegar tarde a compromissos. Se você for assim, peça ajuda a um assistente, faça uso de aplicativos de smartphone criados para isso e evite carregar coisas de casa para o trabalho e vice-versa. Aparentar organização faz as pessoas acreditarem que você é eficiente e está sempre no controle.
6. Faça com que as pessoas se sintam importantes. Já no primeiro contato, dê um aperto de mão firme e olhe nos olhos. Esteja presente nos momentos importantes da vida de quem você conhece. Leve as pessoas a acreditar que estão dizendo coisas importantes e merecem sua doação de tempo e atenção. “Use o poder da gratidão, seja com pequenos presentes, cedendo seu tempo ou simplesmente dizendo obrigado”, aconselha Daum.
7. Cerque-se de pessoas bem-sucedidas. “Você sempre será julgado pelas companhias que cultiva”, adverte o autor. Por isso, diz ele, esforce-se para construir um círculo de pessoas que você respeita e admira, e assim será respeitado e admirado por elas.
FONTE: papo de empreendedor

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

3 passos para lidar com um cliente insatisfeito


Se você trabalha com varejo, já deve conhecer uma regra básica do setor: não importa o quanto você se esforce para garantir a qualidade do produto e do atendimento, sempre haverá clientes insatisfeitos. Pode ser que algum dos seus funcionários tenha feito algo errado; pode ser que haja algum problema técnico que impeça o cliente de aproveitar o seu produto ou serviço; ou pode ser que o cliente esteja errado. Seja qual for a razão, pode ter certeza que, eventualmente, algum consumidor infeliz fará uma reclamação sobre sua empresa.
Diante dessa situação, a primeira pergunta que o empreendedor deve fazer é: o que esse consumidor realmente deseja, quando faz uma ligação ou um post expondo sua raiva e frustração? Será que ele quer ser confortado? Será que quer o dinheiro de volta? Será que quer colocar a culpa em alguém?
Segundo o consultor Michael Boyette, conlunista do Allbusiness.com, a resposta não está em nenhuma das alternativas acima. Na verdade, o que eles querem é muito simples: uma solução para o problema. Apesar de toda a irritação, eles ainda acreditam que podem conseguir resolver a questão de forma satisfatória e esperam que você faça isso por eles. A seguir, os três passos necessários para deixar o seu cliente satisfeito de novo.
1. Ouça com calma o que ele tem a dizer Muitos varejistas, ao serem alvo de um ataque de um consumidor furioso, tendem a reagir com agressividade. Evite ao máximo demonstrar qualquer sentimento que não seja solidariedade. Entenda que a manifestação do cliente não é um ataque pessoal, e sim um pedido de ajuda. Esse é o primeiro passo para chegar a uma solução.
2. Faça com que ele se sinta seguro Deixe bem claro que ele está falando com a pessoa certa e que você está totalmente à disposição para resolver a questão. Essa atitude vale tanto para o cliente com pequenos problemas técnicos quanto para aquele que gastou uma fortuna com um produto que não funciona. A ideia é que o consumidor se sinta acolhido, seja qual for o tamanho da dificuldade.
3. Comprometa-se a encontrar a solução Tome para si a responsabilidade de resolver o problema de uma vez por todas. E cumpra o que prometeu. Isso não quer dizer que você tem que atender todas as exigências do cliente, por mais descabidas que sejam. Mas significa que se compromete a avaliar a situação com calma e fazer o possível para encontrar uma solução viável. Quando o empreendedor compreende, ouve e atende as reclamações do cliente, ele conquista a sua confiança e reforça o poder da marca.
fonte: papo de empreendedor

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Você sabe a hora certa de se desconectar?


Shutterstock
Muitas vezes, as propagandas, aplicativos, redes sociais e serviços de mensagens instantâneas farão com que você esqueça o que realmente tem que fazer: manter-se concentrado. No entanto, é possível ficar longe de toda essa overdose de informações, ser produtivo e estar perto das pessoas que importam para você. Confira essas dicas de Tom Searcy, colunista da Inc., para aprender a desplugar.
Os smartphones, tablets e joguinhos podem ser muito mais interessantes do que o que você precisa fazer, mas dar atenção a essas ferramentas e trabalhar ao mesmo tempo não é a melhor coisa a fazer. É muito difícil pensar em muitas coisas simultaneamente. Faça uma de cada vez.
Pense em sua mente como se ela fosse um banco, o lugar em que você guarda itens valiosos. Lá estão seus pensamentos, sonhos, habilidades e experiências – e você deve protegê-los. É melhor não deixar uma janela de chat aberta em uma reunião ou na hora de finalizar um relatório – ela pode ser mais inofensiva do que parece.
No entanto, lembre-se de que cada momento usando um aplicativo, jogo ou rede social podem ser sua “válvula de escape”. Não há problema nenhum em dar um tempo no trabalho e abrir o seu Facebook. Mas, quando fizer isso, faça-o de verdade: é a hora de fechar seu e-mail e seus documentos de trabalho e se divertir um pouco. É possível deixar um tempo para dar um telefonema para um familiar, conversar com alguém pelo chat e, ainda assim, ser produtivo.
Quando chega o fim de semana, é ainda mais importante se manter desconectado. É muito inconveniente estar em um encontro entre amigos e ter alguém que não para de mexer em seu smartphone, seja resolvendo problemas do trabalho ou acessando redes sociais.  Fique tranquilo: há tempo para tudo.
Fonte: Papo de empreendedor

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Tudo sobre Transtorno Bipolar (Bipolaridade)


O que é Transtorno bipolar?

O transtorno bipolar é um problema em que as pessoas alternam entre períodos de muito bom humor e períodos de irritação ou depressão. As chamadas "oscilações de humor" entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca frequência.
Tipos
Tipos de transtorno bipolar:
  • Transtorno bipolar tipo 1: pacientes apresentam pelo menos um episódio maníaco e períodos de depressão profunda. Antigamente, o transtorno bipolar do tipo 1 era chamado de depressão maníaca
  • Transtorno bipolar tipo 2: pacientes nunca apresentaram episódios maníacos completos. Em vez disso, elas apresentam períodos de níveis elevados de energia e impulsividade que não são tão intensos como os da mania (chamado de hipomania). Esses episódios se alternam com episódios de depressão
  • Uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia envolve oscilações de humor menos graves. Pessoas com essa forma alternam entre hipomania e depressão leve. As pessoas com transtorno bipolar do tipo II ou ciclotimia podem ser diagnosticadas incorretamente como tendo apenas depressão.

Causas
A causa exata do transtorno bipolar ainda é desconhecida, mas a ciência acredita que diversos fatores possam estar envolvidos nas oscilações de humor provocadas pela doença, como:
  • Peculiaridades biológicas: pessoas com transtorno bipolar parecem apresentar diferenças físicas em seus cérebros, o que pode levar os cientistas a descobrirem as causas exatas da doença
  • Neurotransmissores: um desequilíbrio entre os neurotransmissores parece ser um importante fator nas causas do transtorno bipolar
  • Hormônios: desequilíbrio hormonal também está entre as possíveis causas
  • Hereditariedade: pessoas que tenham parentes com histórico de transtorno bipolar são mais suscetíveis à doença, o que leva muitos cientistas a acreditarem que a genética possa estar envolvida nas causas da doença
  • Meio ambiente: fatores exógenos, como estresse, abuso sexual e outras experiências traumáticas (como a morte de algum ente querido), também podem estar relacionadas ao desenvolvimento do transtorno bipolar.

Fatores de risco
Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento de transtorno bipolar. Confira:
  • Histórico familiar da doença
  • Estresse intenso
  • Uso e abuso de drogas recreativas e/ou álcool
  • Mudanças de vida e experiências traumáticas
  • Ter entre 15 e 25 anos.
Homens e mulheres possuem as mesmas chances de desenvolver a doença.

Sintomas de Transtorno bipolar

Os sintomas de transtorno bipolar depende do tipo exato da doença e costumam variar de pessoa para pessoa. Para alguns, os picos de depressão são os que causam os maiores problemas. Para outros, a preocupação é maior durante os picos de mania. Pode acontecer, também, de sintomas de depressão e hipomania acontecerem ao mesmo tempo. Confira os principais sinais do transtorno bipolar:

Fase maníaca

  • Distrairse facilmente
  • Redução da necessidade de sono
  • Capacidade de discernimento diminuída
  • Pouco controle do temperamento
  • Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas
  • Manter relações sexuais com muitos parceiros
  • Gastos excessivos
  • Hiperatividade
  • Aumento de energia
  • Pensamentos acelerados que se atropelam
  • Fala em excesso
  • Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades)
  • Grande envolvimento em atividades
  • Grande agitação ou irritação.
A fase maníaca do transtorno bipolar pode durar dias e até mesmo meses. Os sintomas acima são mais comuns em pessoas que tem o tipo 1 da doença. No tipo 2, os sinais são similares, mas menos intensos.
Fase depressiva
  • Desânimo diário ou tristeza
  • Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões
  • Perda de peso e perda de apetite
  • Comer excessivamente e ganho de peso
  • Fadiga ou falta de energia
  • Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado
  • Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas
  • Baixa autoestima
  • Pensamentos sobre morte e suicídio
  • Problemas para dormir ou excesso de sono
  • Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas.
O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas.
Em alguns casos, as duas fases se sobrepõem. Os sintomas maníacos e depressivos podem ocorrer juntos ou rapidamente um após o outro. Isso recebe o nome de estado misto.
As oscilações de humor podem ocorrer também de acordo com a estação do ano. Algumas pessoas, por exemplo, possuem picos de mania ou hipomania durante a primavera e o verão (estações mais quentes), e sintomas de depressão durante as estações mais frias, como o outono e o inverno. Para outras pessoas, acontece o oposto.
As mudanças de humor podem acontecer com mais frequência em algumas pessoas, com oscilações acontecendo de quatro a cinco vezes por ano e, em alguns casos, até mesmo várias vezes ao dia.
Episódios de mania e depressão podem resultar também em psicose, doença em que há perda de contato com a realidade.

Buscando ajuda médica
Vá acompanhado de um parente, amigo ou pessoa de confiança. A ajuda médica é importante para garantir a qualidade de vida de uma pessoa com transtorno bipolar. É perfeitamente possível ter uma vida normal mesmo tendo a doença. O tratamento, no entanto, é indispensável e deve ser seguido à risca.
Mas antes, para facilitar o diagnóstico, anote todos os seus sintomas e descreva-os ao médico em detalhes. A conversa com um especialista é primordial para que este possa realizar o diagnóstico. Tire todas as suas dúvidas sobre seus sintomas e as possíveis causas, siga à risca as orientações médicas e saiba responder corretamente as perguntas que poderão lhe ser feitas. Veja exemplos:
  • Quando você começou a sentir sintomas de depressão e mania/euforia?
  • Com que frequência você sofre de oscilações de humor?
  • Você já pensou em suicídio?
  • Qual a intensidade de seus sintomas? Eles são ocasionais ou frequentes?
  • Seus sintomas inferem na sua qualidade de vida, em suas atividades diárias, no trabalho ou em seus relacionamentos?
  • Há histórico de transtorno bipolar em sua família?
  • Você faz uso de drogas recreativas, álcool ou cigarros?
  • Quantas horas você costuma dormir à noite?
  • Você passou por alguma experiência traumática recentemente?
  • Houve alguma mudança significativa em sua vida recentemente?


Na consulta médica
Procure imediatamente por auxílio médico se:
  • Você estiver tendo pensamentos de morte ou suicídio
  • Você apresentar sintomas graves de depressão ou mania
  • Você tiver sido diagnosticado com transtorno bipolar e seus sintomas tiverem voltado ou você apresentar novos sintomas
Tenha em mente que transtorno bipolar não desaparece sozinho e que o tratamento é imprescindível para garantir a qualidade de vida do paciente e levá-lo à recuperação.

Diagnóstico de Transtorno bipolar
Quando há suspeita de transtorno bipolar, os médicos geralmente recomendam uma série de exames e testes, que poderão confirmar o diagnóstico por meio da eliminação de possíveis outras causas. Além disso, os exames poderão identificar possíveis complicações decorrentes da doença.
O caminho para o diagnóstico geralmente começa com um exame físico e testes laboratoriais, com exames de urina e de sangue. Depois, o paciente é encaminhado para uma análise psicológica. O médico observará por algum tempo o padrão de comportamento do paciente, bem como suas possíveis alterações de humor.
Se houver suspeita de que outras doenças possam estar causando os sintomas descritos pelo paciente, o médico deverá solicitar a realização de exames específicos, mas estes costumam depender de pessoa para pessoa.
Uma conversa sobre o histórico médico do paciente e de sua família também podem ajudar a confirmar o diagnóstico.

Tratamento de Transtorno bipolar
O tratamento para transtorno bipolar costuma durar por muito tempo, até mesmo anos. Ele costuma ser feito por diversos especialistas de várias áreas – como psicólogos, psiquiatras e neurologistas. A equipe médica, primeiramente, tenta descobrir quais são os possíveis desencadeadores da alteração de humor. Também podem ser investigados os problemas médicos ou emocionais que influenciam no tratamento.
Confira algumas formas comuns de tratamento do transtorno bipolar:
  • Hospitalização, caso o paciente tenha comportamento perigosos, que ameace a própria vida e a de outras pessoas
  • Uso diário de medicamentos para controle das alterações de humor costuma ser uma prática bastante indicada no início do tratamento
  • Quando os sintomas já estão controlados, o tratamento avança e o foco passa a ser manter as alterações de humor do paciente estáveis
  • Se o caso do paciente for de dependência física ou psíquica de substâncias como álcool, drogas ou cigarro, o tratamento também deverá também reabilitar o paciente desses vícios.
Mas atenção: os períodos de depressão e mania voltam a ocorrer na maioria dos pacientes, mesmo sob tratamento. Os principais objetivos da terapia para transtorno bipolar são:
  • Evitar a alternância entre as fases
  • Evitar a necessidade de hospitalização
  • Ajudar o paciente a agir da melhor maneira possível entre os episódios
  • Impedir comportamento autodestrutivo e suicídio
  • Reduzir a gravidade e a frequência dos episódios
A psicoterapia é uma outra parte vital do tratamento de transtorno bipolar. Neste sentido, vários tipos de terapia podem ser úteis. Estes incluem:
  • Terapia cognitiva comportamental
  • Psicopedagogia
  • Terapia familiar.

Medicamentos

Medicamentos antipsicóticos e antiansiedade para problemas de humor costumam ser prescritos pelos médicos, bem como remédios antidepressivos. As pessoas com transtorno bipolar têm mais chance de apresentar episódios maníacos ou hipomaníacos se tomarem antidepressivos. Por essa razão, os antidepressivos só são receitados para as pessoas que também estão tomando um estabilizador de humor.

Terapia eletroconvulsiva

A terapia eletroconvulsiva (TEC) pode ser usada para tratar a fase maníaca ou depressiva de um transtorno bipolar caso não haja resposta aos medicamentos. A TEC usa uma corrente elétrica para causar uma breve convulsão enquanto o paciente está anestesiado. A TEC é o tratamento mais eficaz no caso das depressões que não são amenizadas com medicamentos.

Tratando crianças e adolescentes

Para crianças e adolescentes com transtorno bipolar são prescritos os mesmos tipos de medicamentos utilizados em adultos. No entanto, ainda há pouca pesquisa sobre a segurança e eficácia dos medicamentos para transtorno bipolar em crianças. Os tratamentos são geralmente decididos analisando caso por caso, dependendo dos sintomas, dos efeitos colaterais dos medicamentos e de outros fatores. Assim como acontece com os adultos, a ECT pode ser uma opção para os adolescentes com sintomas de transtorno bipolar 1 graves ou para os quais os medicamentos não demonstram eficácia. A maioria das crianças diagnosticadas com transtorno bipolar necessitam de aconselhamento como parte do tratamento inicial, para evitar a recorrência dos sintomas. Psicoterapia, juntamente com um trabalho dos pais e professores, podem ajudar as crianças a desenvolver e resolver problemas sociais. A psicoterapia também pode ajudar a fortalecer os laços familiares e de comunicação entre os membros da família com a criança ou adolescente. Ela também pode ser necessária para resolver problemas de abuso de substâncias, como drogas e álcool, comum em adolescentes mais velhos com transtorno bipolar.

Medicamentos para Transtorno bipolar
Os medicamentos mais usados para tratar os sintomas de transtorno bipolar são:
  • Aripiprazol
  • Bromazepam
  • Carbonato de Litio
  • Clonazepam
  • Carbolitium
  • Clopam
  • Depakote
  • Lexotan
  • Mirtazapina
  • Olanzapina
  • Risperidona
  • Rivotril
  • ZAP.
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Convivendo/ Prognóstico
O paciente com transtorno bipolar provavelmente vai precisar fazer muitas mudanças de estilo de vida para parar com as oscilações de comportamento. Aqui estão algumas medidas que devem ser tomadas e que ajudarão a acelerar a recuperação e tornarão o prognóstico mais tolerável:

Largue vícios

Pare de beber ou de usar drogas, mesmo que seja somente para uso recreativo. Uma preocupação com o transtorno bipolar são as consequências negativas de comportamentos de risco e abuso de drogas ou álcool. Obtenha ajuda se você tiver problemas para sair por conta própria.

Relacione-se com pessoas positivas

Fique longe de relacionamentos que não sejam saudáveis e que não lhe façam bem. Cerque-se de pessoas que são uma influência positiva e evite aquelas que incentivam maus comportamentos ou atitudes que possam agravar os sintomas de transtorno bipolar.

Faça exercícios físicos regularmente

A atividade física regular e moderada pode ajudar a estabilizar o seu humor. Trabalhar fora de casa libera substâncias químicas no cérebro chamadas endorfinas que fazem você se sentir bem e que podem ajudar a dormir, além de trazerem uma série de outros benefícios. Verifique com seu médico e personal trainer antes de iniciar qualquer plano de exercícios, especialmente se você está tomando alguns medicamentos. A atividade física é importante, mas não pode interferir no uso de remédios indispensáveis para o transtorno bipolar.

Durma bem

Dormir o suficiente é essencial para controlar as oscilações de humor. Se você tiver problemas para dormir, fale com o seu médico sobre o que você pode fazer a respeito.
Complicações possíveis
Se não for tratado, transtorno bipolar pode levar a complicações graves, como:
  • Dependência física, química e psíquica de substâncias como álcool, cigarro e drogas
  • Problemas legais e com a justiça
  • Problemas financeiros
  • Problemas e tensões em relacionamentos e outras relações pessoais
  • Isolamento e solidão
  • Problemas profissionais e fraco desempenho no trabalho, na escola e nos estudos em geral
  • Suicídio.

Expectativas
Os medicamentos estabilizadores de humor podem ajudar a controlar os sintomas do transtorno bipolar. Entretanto, os pacientes geralmente precisam de ajuda e apoio para tomar os medicamentos corretamente e garantir que os episódios de mania e depressão sejam tratados o mais rápido possível.
Algumas pessoas param de tomar o medicamento assim que se sentem melhores ou porque a mania traz uma sensação boa. Parar de tomar o medicamento pode causar problemas sérios.
O suicídio é um risco real durante a mania e a depressão. Pessoas com transtorno bipolar que pensam ou falam sobre suicídio precisam de atendimento médico de emergência.
Fonte: minhavida.com.br

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O que você precisa saber sobre impeachment


A série de manifestações convocadas via redes sociais pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff coloca em questão esse instituto jurídico. Veja abaixo dez mitos e verdades sobre o processo de impeachment.
O que leva ao impeachment?
Para que o pedido de abertura de impeachment tenha consistência, devem existir provas de que o mandatário cometeu algum crime comum (como homicídio ou roubo) ou crime de responsabilidade –que envolve desde improbidade administrativa até atos que coloquem em risco a segurança do país, explicitados na Lei 1.079.
O segundo colocado nas eleições assume?
Não. Segundo a Lei 1.079/50, caso o processo de impeachment seja julgado e considerado procedente, quem assume é o vice, no caso, Michel Temer (PMDB-SP), que permanece até o fim do mandato. Caso o vice também seja afastado ainda durante a primeira metade do mandato, serão convocadas novas eleições. Caso ele seja afastado a partir da segunda metade do mandato, as eleições são indiretas, no caso, apenas os membros do Congresso Nacional podem votar nos candidatos. Enquanto as eleições acontecem, quem assume é o terceiro na linha sucessória, o presidente da Câmara dos Deputados, atualmente o peemedebista Eduardo Cunha.
Qualquer pessoa pode pedir o impeachment do presidente?
Sim. Qualquer pessoa pode encaminhar ao Congresso Nacional uma denúncia de crime de responsabilidade, o que inclui políticos como parlamentares. No entanto, cabe ao presidente da Câmara dos Deputados julgá-la procedente e abrir uma comissão especial para analisar o pedido.
O pedido de impeachment pode ser feito via abaixo-assinado?
Não. A denúncia por crime de responsabilidade precisa ser feita por uma pessoa física e deve ser acompanhada dos documentos que a comprovem. No caso do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, o processo durou cerca de sete meses, desde a instalação da comissão parlamentar mista de inquérito, em 1º de junho de 1992, até a renúncia de Collor, em 29 de dezembro de 1992.
Impeachment leva a uma nova eleição direta?
A única possibilidade de ocorrer uma nova eleição é se, além do presidente, o vice também for afastado ainda na primeira metade do primeiro mandato. Enquanto a eleição é convocada, no entanto, quem assume é o presidente da Câmara dos Deputados.
Impeachment pode ser decidido por voto popular?
Não. Quem recebe a denúncia e avalia se ela será transformada em processo e encaminhada aos parlamentares é o presidente da Câmara dos Deputados. 
CPI pode aprovar impeachment?
Não, a Comissão Parlamentar de Inquérito não tem o poder de decidir pelo impeachment. Quem recebe a denúncia e avalia se ela será transformada em processo e encaminhada aos parlamentares é o presidente da Câmara dos Deputados. 
Qual a diferença entre impeachment e cassação?
Impeachment é o processo que envolve a cassação do mandato de um político do Executivo, tornando-o inelegível por oito anos. Já a cassação envolve a perda do mandato e pode resultar na inelegibilidade, como nos casos em que o político é cassado com base na Lei da Ficha Limpa. O impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor foi aprovado por 441 dos então 509 deputados em 29 de setembro de 1992. Collor foi afastado e substituído por Itamar Franco, seu vice. Sabendo que seria afastado, ele acabou renunciando no dia 29 de dezembro, mas o Senado prosseguiu o julgamento, afastando-o do cargo e privando-o dos direitos políticos por oito anos por 76 votos a 3. A decisão foi confirmada pelo STF em 1993. 
Pode ocorrer uma intervenção militar no país?
Segundo o artigo 142 da Constituição, "as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem." Para a jurista e professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Vania Aieta, especialista em direito constitucional, hoje não parece haver indícios de que as Forças Armadas teriam interesse em intervir no processo democrático do país. "Não há grandes lideranças militares e os quadros das Forças Armadas parecem mais preocupados com questões como o soldo e melhoria do padrão de vida." 
Quem pode determinar o impeachment?
O pedido de impeachment é avaliado pelo presidente da Câmara dos Deputados e, caso seja encaminhado aos parlamentares, precisa receber os votos de dois terços dos 513 deputados da Casa para continuar. Depois o processo é levado para julgamento no Senado, e também precisaria da adesão de dois terços dos 81 membros. Atualmente a presidente Dilma Rousseff conta com 304 deputados e 52 senadores em sua base aliada. A sessão é presidida pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e precisa ocorrer em até 180 dias depois que chega ao Senado, período pelo qual o presidente fica afastado do cargo e o vice assume. Se o julgamento não tiver sido concluído nesse prazo, o presidente volta às funções.
O que precisa haver de provas para se afastar um presidente?
Para a jurista e professora da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Vania Aieta, especialista em direito constitucional, há uma confusão entre insatisfação política e a real necessidade de um impeachment. "O processo democrático nem sempre agrada. A população confunde institutos jurídicos com a insatisfação", afirma. Além da necessidade de se provar que houve de fato crime de responsabilidade, ela lembra que a possibilidade de impeachment está intimamente ligada ao prestígio de que o presidente goza dentro do Congresso Nacional e do Senado. "Antes de qualquer coisa, o impeachment é uma decisão política dentro do universo jurídico", afirma. "A grande pergunta agora é se o Congresso tem interesse nesse processo."
fonte: UOL notícias