segunda-feira, 27 de junho de 2016

Como negociar taxas melhores com os bancos?

Não é novidade que nosso país está vivendo uma retração econômica. Com a queda no faturamento, diminui também a lucratividade da empresa. Consequentemente, o capital para investir, ou até mesmo para cumprir com as obrigações financeiras, fica reduzido.
Cortar gastos é essencial, assim como encontrar alternativas para financiar investimentos ou complementar o fluxo de caixa. Como negociar taxas melhores nas operações financeiras com os bancos?

1 – Opere com mais bancos, mas não exagere

Um banco é uma empresa normal, que oferece produtos e serviços em busca de lucro. Ter mais de um fornecedor é uma estratégia para qualquer negócio.
Por outro lado, pulverizar suas operações financeiras em muitos bancos pode implicar em menor capacidade de negociação individual. Procure as opções mais compatíveis com seu perfil, converse com vários bancos e mantenha operação com no mínimo duas instituições financeiras.

2 – Avalie continuamente sua carteira de operações financeiras

As taxas mudam constantemente, novos produtos surgem, a situação financeira da sua empresa muda e a taxa de risco da sua empresa sofre avalições constantes. Por isso, é fundamental controlar suas operações financeiras, entender as melhores e as piores e buscar constantemente novas negociações, que podem economizar muito dinheiro para sua empresa. Mas antes de buscar novas alternativas, entenda as que você já tem em operação.

3 – Negocie antecipadamente novos empréstimos

Mantenha um fluxo de caixa organizado e avalie diariamente a posição dos saldos das suas contas. Não seja pego de surpresa. Negociar com calma uma nova operação pode render taxas melhores e prazos adequados de pagamento. Lembre-se que um banco é uma empresa que quer lucrar e, ao mesmo tempo, não quer perder negociações.
Mais tempo também dará chances para você buscar opções em mais bancos, o que permite comparação e, até mesmo, uma melhor negociação por causa da competição.

4 – Mantenha um rígido controle das suas operações financeiras

Sua empresa consegue acompanhar diariamente a posição das operações financeiras? Índices, cálculo das parcelas, juros a pagar e rendimentos a receber? Saber a situação atual, ter a capacidade de recalcular e entender os contratos é a base de toda negociação. Isso também irá impactar na qualidade do fluxo de caixa, que depende das operações financeiras.

Dica: É arriscado confiar controles, tão importantes e complexos, às planilhas Excel e provavelmente seu sistema de gestão não controla essas informações. Por isso, é fundamental buscar soluções ágeis, com especialistas, que entendam os bancos e suas operações.

Fonte: Wizfee

segunda-feira, 13 de junho de 2016

CDB – Entenda como funciona e quais os riscos ao investir

CDB (Certificado de Depósitos Bancários) é um título emitido pelas instituições financeiras. Com rentabilidade diária e baixo risco, essa pode ser uma boa opção de investimento para aqueles que estão dando os primeiros passos no mercado de aplicações.

Como funciona o CDB?

No CDB o cliente faz um depósito a prazo, fornecendo um valor para o banco e, depois de um período previamente acordado, esse montante é devolvido com acréscimo de juros. Com esse tipo de investimento, os bancos captam recursos para continuar sua principal atividade: emprestar dinheiro para outros clientes.
O prazo e as condições para o resgate do investimento são definidos por cada banco. No entanto, se necessário, o investidor pode retirar o investimento sem prejuízos, desde que respeite o prazo mínimo definido pela instituição financeira.

CDB: Taxa Pré ou pós-fixada?

A correção dos juros é negociada a partir de uma taxa fixa (pré-fixado) ou de uma taxa vinculada a um índice (pós-fixado). Entenda mais:
  • Títulos pré-fixados– O investidor já sabe na hora da aplicação quanto vai receber no final do período programado. Para isso, é acertada com o banco uma taxa de juros fixa que vai rentabilizar o valor investido (por exemplo, 1% ao mês, 13% ao ano, etc).
  • Títulos pós-fixados – A remuneração é definida depois do vencimento do título e não pode ser determinada no momento da aplicação. Isso porque o valor dos juros pós-fixado está atrelado ao desempenho de indicadores da economia, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), entre outros. Por exemplo, o investimento pode ter a rentabilidade de 100% do CDI.
Nos títulos pós-fixados, o montante final é apenas estimado em previsões de mercado, mas não pode ser determinado com precisão.

Tributação nos investimentos CDB

No CDB, há incidência do Imposto de Renda, que varia de acordo com o tempo investido. Ele é pago no resgate da aplicação e incide apenas sobre os rendimentos (juros). Confira os valores:
  • Até 180 dias: alíquota de 22,5%;
  • De 181 a 360 dias: alíquota de 20%;
  • De 361 a 720 dias: alíquota de 17,5%;
  • Acima de 720 dias: alíquota de 15%.
IOF incide apenas sobre os resgates realizados em menos de 30 dias. A tabela é regressiva, ou seja, quanto mais tempo o investidor ficar com o título, menor será a alíquota.
Abaixo a tabela vigente:

Riscos desse investimento

O maior risco ao se investir no CDB é que a instituição financeira, no qual o valor foi investido, venha à falência ou não honre o contrato assinado. No entanto, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante o retorno do investimento até o limite de 250 mil reais, por CPF e por instituição financeira.

Fonte: Wizfee

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Como funciona o Desconto de Duplicatas?

Uma das estratégias financeiras muito utilizadas pelas empresas é o desconto de duplicatas.Essa operação é um adiantamento de capital, feita pelo banco, sobre valores de títulos, como duplicatas e notas promissórias.
Em outras palavras, com o desconto de duplicatas, o cliente recebe com antecipação os recursos de uma venda feita à prazo.
Com essa ferramenta, muitas empresas negociam as suas duplicatas para financiar as suas atividades e obter capital de giro.
No entanto, esse recebimento não será do seu valor total, pois sofrerá a dedução de despesas bancárias e outros encargos.

Encargos de um Desconto de Duplicatas

Quando é feito o desconto de duplicatas, a instituição financeira fixa algumas taxas que são deduzidas do valor original do título, são elas:
  • IOF: o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide sobre o valor nominal do título.
  • Taxa de Desconto: desconto bancário, que representam os juros mensais até o vencimento do documento.
  • Taxa administrativa: visa cobrir as despesas bancárias de abertura e controle de crédito.

Riscos do Desconto de Duplicatas

É importante destacar que o Desconto de Duplicatas não é uma operação de compra e venda. Portanto, a intuição financeira tem o direito de regressar, caso o título não seja pago pelo devedor. Se isso ocorrer, a empresa cedente assume a responsabilidade e precisa reembolsar o banco no valor da dívida, com a inclusão dos juros de mora e outros encargos financeiros. A duplicata volta para a empresa e cabe a ela fazer a cobrança da mesma. Isso quer dizer que enquanto o título não for quitado, a empresa mantém a obrigação com o branco.
Outra análise de risco que deve ser feita é se essa estratégia é a mais indicada para o seu negócio. Muitas vezes os valores de encargos cobrados pelo banco e impostos que incidem desvalorizam o valor à vista que será recebido para ser investido no capital de giro. Soma-se a isso o risco de não pagamento da duplicata e a obrigação da sua empresa reembolsar o valor com acréscimo de juros.

Como calcular a minha operação?

Para auxiliar no entendimento, vamos supor que a sua empresa queira descontar uma duplicata de R$ 10.000, com o prazo de 60 dias e com uma taxa de desconto de 1,5% ao mês.
Como já vimos, em cima do valor da duplicata (ou das duplicatas) precisamos descontar:Taxa de Desconto (Juros), Taxa Administrativa (TAC) e IOF.

  • Juros:

Se o juros é 1,5% ao mês, primeiramente precisamos dividir a taxa por 30 dias e, após isso, multiplicar pelo tempo da operação, que nesse caso são 60 dias. Então teríamos:
1º Passo – 1,5% (taxa ao mês) dividido por 30 (dias) = 0,05% ao dia.
2º Passo – 0,05% (taxa ao dia) multiplicado por 60 (prazo da operação) = 3% para o período.
Após calcular a taxa do período, é só multiplicá-la pelo valor da operação:
3º Passo – 3% (taxa período) multiplicado por R$ 10.000,00 (valor da operação) = R$ 300,00

  • IOF

Atualmente, no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidem duas alíquotas:
IOF 1: 0,38% fixo sobre o valor da operação.
IOF 2: 0,0082% ao dia (ou 3% ao ano, máximo que pode ser cobrado) sobre o valor da operação.
Vamos aos cálculos:
IOF 1: 0,38% multiplicado por R$ 10.000,00 (valor da operação) = R$ 38,00
IOF 2: 0,0082% multiplicado por 60 (prazo da operação) multiplicado por R$ 10.000,00 (valor da operação) = R$ 49,20
Sendo assim, o cliente teria que pagar um total de R$ 87,20 de IOF (R$ 49,20 + R$ 38,00).

  • Taxa Administrativa (ou TAC – Taxa de Abertura de Crédito)

Essa taxa é um valor fixo cobrado pela instituição financeira que está realizando a operação. Portanto, não é necessário realizar nenhum cálculo, somente consultar o valor da tarifa que é informado pelo banco na contratação.
Resumindo os pagamentos dos encargos de nossa operação:
Valor da OperaçãoR$ 10.000,00
Prazo60 dias
Juros1,5% a.m
Juros PagosR$ 300,00
IOF PagoR$ 87,20
TACR$ 100,00
TotalR$ 487,20
Valor Recebido pela EmpresaR$ 9.512,80

Dica: Analise os números para entender se no momento o desconto de duplicatas é uma boa escolha para a sua empresa.

Fonte: Wizfee